Na economia dinâmica em que vivemos, na qual novos produtos são lançados, novas tecnologias são descobertas e mudanças são a única constante que podemos ver em todos os setores, a compra e venda de empresas se tornou uma prática corriqueira e tende a continuar a crescer.

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Muitas pessoa

s, no entanto, podem ver com maus olhos a venda de empresas, como se a empresa que está sendo vendida fosse fruto apenas de ineficiências, um empreendimento fracassado ou um negócio ruim.

Oras, mas se isso fosse verdade absoluta, como é que existiriam compradores para negócios deste tipo? Claro que uma das respostas poderiam ser que os compradores possuem estratégias e know how para transformar o negócio.

Não considero errado este entendimento, no entanto, há muitos outros motivos para que empresas sejam vendidas e compradas. Tomo a liberdade em compartilhar alguns deles:

Empresas Familiares

  • São vendidas porque carecem de um sucessor e/ou apresentam grandes desafios e/ou problemas para se discutir a sucessão
  • Mudança de estratégia e redução do interesse do empreendedor em continuar no negócio (muitas vezes motivado inclusive pela idade avançada)
  • Falta de capital para investimento no negócio (e assim mantê-lo competitivo)
  • Conflitos entre sócios e/ou membros da família
  • Dificuldades operacionais tais como falta de mão de obra, conflitos trabalhistas, mudança de tecnologia e etc.

Empresas Lucrativas (dos mais diversos segmentos)

  • Mudança estratégica, eventual falta de sinergia com outros negócios
  • Negócio pequeno concorrendo com grandes players do mercado (com necessidade de fortes e novos investimentos)
  • Dependência de poucos ou de um único cliente ou fornecedor
  • Regulamentações governamentais indesejadas
  • Custos operacionais e fiscais em elevação

Empresas não lucrativas (dos mais diversos segmentos)

  • Falta de recursos / insuficiência financeira
  • Parque industrial e produtos obsoletos (necessidade de investimentos)
  • Falta de recursos e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento
  • Novas tecnologias
  • Falta de gestão eficaz (dificuldade de obtenção de recursos financeiros e etc.)

Como se percebe, existe sim um grupo de motivos para empresas que não possuem bons resultados serem vendidas/compradas, mas existem também inúmeros outros motivos não associados a este fator e que contribuem para que a compra e venda de empresas continue sempre ocorrendo. Dessa forma,  no meu entender, não deve ser avaliada a venda de empresas apenas sob uma ótica restrita, muito pelo contrário, podendo ser avaliada sob uma ótica estratégica.

Neste sentido, convido você que está lendo este artigo a refletir:  empresas bem-sucedidas também precisam pensar e se prepararem para, quem sabe um dia, serem vendidas, incorporadas e fundidas a outros negócios maiores ou melhores. Isso não significa que serão, mas se estiverem preparadas, melhores condições de fato terão no momento da negociação.

Se precisar de ajuda neste desafio, conte com nossa equipe!

Luis Fernando Freitas

Fonte: Aquisições, Fusões & Incorporações Empresariais de U.W. Rasmussen – Edição Aduaneiras

 

 

Sobre Alessandra Ribas Secco

Sócia fundadora da Ribas Secco Escritório de Perícias
Contadora, Administradora de Empresas, com 14 anos de experiência profissional na área de Perícia Contábil e Financeira. Atua junto à escritórios de advocacia como Assistente Técnica e Perita Judicial nas Vara Federais.

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